As afinações mais comuns de que se tem notícia são em “G” e em “D”, lógico que existem outras afinações cabeludas, porém a partir do momento que você se habitua a usar uma delas, o estudo de uma outra afinação fica mais fácil de assimilar.
Vamos começar com a “open G” (D G D G B D), partindo do princípio que sua guitarra esta com afinação padrão (E A D G B E), é só baixar 1 tom na 1ª corda, 1 tom na 5ª e 1 tom na 6ª, pronto, toque todas as cordas soltas, o som de “G” lhe parece familiar?.
Dedilhado...
Legal, mas antes de botar pra quebrar com seu slide, vamos fazer alguns exercícios importantes com a mão direita (aquela que escreve).
Quem estudou violão clássico terá mais facilidade em executar o exercício, pois acredito que já o tenha feito em algum momento de seus estudos.
A base de todo dedilhado é o desenvolvimento de independência de movimentos entre o polegar e os demais dedos da mão direita. Existem vários tipos avançados de dedilhado, mas aqui explicarei apenas os mais simples e mais usados, que consistem em tocar os bordões (as cordas 6ª, 5ª e 4ª) com o polegar e cada um dos dedos restantes (com exceção do dedo mínimo, que é raramente usado) tocar uma corda, o indicador toca a 3ª, o médio a 2ª e o anular a 1ª. Dependendo da situação, e se houver necessidade, o indicador pode tocar a 4ª, o médio a 3ª, o anelar a 2ª.
Temos então o dedo polegar = P, indicador = i, médio = me, anelar = a, e mínimo = mi, essa nomenclatura nos ajuda a escrever um dedilhado, por exemplo:
P
i
me
a
Quando, por exemplo, tivermos duas ou mais letras juntas, as cordas devem ser tocadas simultaneamente.
O que vamos fazer nada mais é do que uma valsa, o exercício menos complicado do dedilhado, “P” na 6ª corda, “i” na 3ª, “me” na 2ª e “a” na 1ª corda, então fica assim:
i - me - a
P
i - me - a
i
me - a
i
P
i
me - a
i
Outro segredo de Jedi bastante bacana é o uso da palheta junto com essa técnica de dedilhado, lógico que esse exercício que vou passar é pra ser feito depois que se tiver um certo domínio no dedilhado. Aconselho a trabalhar isso apenas depois que os outros dedilhados estejam realmente “embaixo da mão” (dominados).
Vamos chamar a palheta de “Pi”, chamo assim porque os dedos Polegar e indicador seguram a palheta, nos deixando com os seguintes dedos: Pi, me, a e mi.
Lá vai o bicho, “Pi” na 6ª corda, “me” na 3ª, “a” na 2ª e “mi” na 1ª corda:
me
a -mi
me
Pi
me
a -mi
me
Ok, já passamos a arrebentação, agora é só nadar, todos nós sabemos que um blues clássico é formado por I – IV – V graus dispostos em 12 compassos da seguinte maneira:
/ IV / IV / I / I /
/ V / IV / I / I /
Observe que com as cordas soltas = I grau e com o slide na 1ª oitava (12º traste) = I grau, pois é onde soa a nota “G”.
O mesmo acontece com o nosso IV grau que será um “C”, vá ao 5º. ou ao 17º traste e lá está o danado.
Já o V grau, que é o “D”, está no 7º. Traste e também no 19º. então temos:
I grau = corda solta ou 12º. traste
IV grau = 5º. ou 17º. traste
V grau = 7º. ou 19º. Traste
Use o dedilhado conforme o nosso 1º exercício (valsa) e execute o blues clássico (12 compassos), ficará assim:
/ I / I / I / I /
/ IV / IV / I / I /
/ V / IV / I / I /
+
Mão direita
P
i - me - a
P
i - me - a
Agora que a idéia de tocar com o slide está ficando mais clara, alterne com as oitavas, quero dizer: hora toque o I grau com cordas soltas, hora no 12º. traste isso dá um efeito legal. Você também pode sair do 12º. traste e ascender até o 17º. onde se encontra a 1ª oitava do IV grau,experimente.
Gravei um exemplo bem simples e bem tosco, mas serve como referência...
Ex: Clique aqui
Na próxima postagem vamos abordar as frases no slide...
Abraços
Marceleza